A capital do porco alentejano, é a vila de Ourique situada no Alentejo, pertencente ao Distrito de Beja. É conhecida pela sua rica história e património cultural. Cerca de cinco mil habitantes vivem aqui nos dias de hoje nas freguesias de Ourique, Garvão e Santa Luzia, Panoias e Conceição e Santana da Serra.
O ESSENCIAL EM OURIQUE
- Castro da Cola: Um sítio arqueológico com vestígios de várias épocas históricas.
- Santuário de Nossa Senhora da Cola: Um local de peregrinação com uma igreja histórica.
- Batalha de Ourique – decisiva na formação de Portugal.
A Batalha de Ourique
A Batalha de Ourique, ocorrida a 25 de julho de 1139, é um dos eventos mais emblemáticos da história de Portugal. Lideradas por D. Afonso Henriques, as tropas cristãs enfrentaram um exército muçulmano numericamente superior e conseguiram uma vitória decisiva.
Segundo a tradição, antes da batalha, D. Afonso Henriques teve uma visão de Jesus Cristo, que lhe garantiu a vitória. A vitória em Ourique foi tão significativa que D. Afonso Henriques se autoproclamou Rei de Portugal, marcando um passo crucial para a independência do país12.
É uma das batalhas mais célebres de toda a História de Portugal, apesar da existência de grandes dúvidas e incertezas acerca do confronto. A primeira prende-se com o próprio local onde terá ocorrido.
A tradição indica que teve lugar no Baixo Alentejo, algures nas imediações da vila com esse nome, mas há quem sugira outros locais, no Ribatejo ou na Beira Litoral.
Também nada se conhece acerca do número de forças envolvidas ou das próprias circunstâncias da batalha.
Um cenário plausível sugere que D. Afonso Henriques fez uma incursão no Baixo Alentejo e que obteve uma vitória improvável sobre as forças inimigas, muito superiores em número, que pretendiam cortar-lhe a retirada, possivelmente lideradas pelo governador muçulmano de Santarém
O Castro da Cola
O Castro da Cola é um sítio arqueológico localizado em Ourique, no Alentejo. Aqui viveram pessoas desde a idade do bronze até à idade média.
Segundo o portal “património islâmico” O nome “Castro da Cola” parece derivar do árabe qal ca ou qula. Teve ocupação desde o Neolítico, embora os vestígios denunciem que o período de maior actividade humana terá ocorrido ao longo da Idade do Ferro e, sobretudo, no período islâmico.
Então, o local era conhecido como Marjiq, designação que perdurou mesmo após a conquista cristã, com o topónimo Marachique.
Os vestígios revelam que seria um povoado comunitário de base económica essencialmente agro-pastoril, cercado por uma fortificação construída em alvenaria de xisto local, maioritariamente unida por uma argamassa terrosa.
A muralha do topo apresenta uma entrada em cotovelo, como a encontrada em fortificações al-Andalus, sobretudo a partir do séc. XI.
No interior das muralhas, foi identificada uma cisterna e bases de habitações, apresentando algumas um pátio central.
Também foram encontradas lápides com inscrições funerárias da época islâmica e cerâmicas maioritariamente da fase final da ocupação islâmica.
A bibliografia coloca a hipótese da necrópole islâmica ter-se localizado na plataforma onde hoje se encontra a capela de Nossa Senhora da Cola.
