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Quarta-feira, Setembro 18, 2024

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Anfiteatro do Candal na serra da Lousã

Anfiteatro do Candal na serra da Lousã – Na bacia hidrográfica da Ribeira de S. João encaixa, entre outros, este anfiteatro onde se alojou a aldeia do Candal e a sua ribeira.

Está aninhada na Serra da Lousã, numa colina voltada a Sul. Estrategicamente colocada junto à Estrada Nacional, que liga Lousã a Castanheira de Pera, e pela proximidade com a estrada, esta aldeia é das mais visitadas de todas que fazem parte do roteiro das “Aldeias do Xisto”.

Ao visitarmos esta aldeia somos recompensados por subir as suas ruas inclinadas pois, chegados ao miradouro, temos uma belíssima vista sobre o vale se apresenta, por onde serpenteia a Ribeira do Candal..

Região habitada a partir do século XVII

A história desta aldeia é comum às histórias das restantes Aldeias do Xisto do concelho da Lousã. A fixação da população nas aldeias da Serra da Lousã terá ocorrido a partir da segunda metade do século XVII ou pelo início do século XVIII. Até então, a ocupação seria apenas sazonal, na Primavera e Verão, nomeadamente com actividades pastoris.

O certo é que o Candal é um exemplo típico de apropriação do território pelo homem. Numa clara tentativa de adaptação às irregularidades do terreno, a disposição das edificações seguiu um método lógico tendo em vista o assegurar das exposições solares e facilitar das acessibilidades.

Os documentos mais antigos que indiciam a sua ocupação são uma multa infligida pela Câmara da Lousã em 1679 e o registo de propriedades foreiras ordenado por D. Pedro II, de 1687. No início do século XIX apenas o Candal e a Cerdeira escaparam ao saque do exército napoleónico.

Em 1885 a população das sete aldeias (as cinco Aldeias do Xisto, mais Catarredor e Vaqueirinho) corresponderia a 8,7% do total da freguesia da Lousã (5340 habitantes).

Em 1911 viviam no Candal 129 pessoas. Na década de 1920, inicia-se a emigração para os EUA, mas, mesmo assim, em 1940 a aldeia atingiu o máximo de 201 habitantes.

Por esta altura, a aldeia contava com dois rebanhos de cabras e ovelhas, num total de 1200 cabeças. Pastorícia, fabrico de carvão e uma agricultura de subsistência seriam as actividades da população. Seguiram-se as ocupações como plantadores aquando da florestação da serra e como cantoneiros da estrada que a atravessa.

Nas décadas de 1950 e 1960, muitos candalenses partem para o Brasil. Em 1958, a aldeia festejou a chegada da primeira telefonia a pilhas.

Os censos de 1960 já indiciam um acentuado decréscimo da população das aldeias, que passa a representar apenas 4,2% da do total da freguesia da Lousã (8191 habitantes). E em 1970 já só representavam 2,5%.

A electricidade só chegaria ao Candal na década de 70. Tal como o telefone.

Em 1976, começaram a ser adquiridas as primeiras habitações para recuperação e para funcionarem como segunda residência. E, em 1991, a aldeia já só possuía 15habitantes, mas hoje em dia parece estar a ganhar vida novamente.

Como chegar ao anfiteatro do Candal na serra da Lousã

(40° 4’52.86″N 08°12’9.93″W), Candal – Serra da Lousã – Lousã – Coimbra – Região Centro – Portugal

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Autor texto e foto ©Daniel Jorge https://www.facebook.com/fotos.djtc

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