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Segunda-feira, Setembro 16, 2024

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Os jesuítas na cidade do Porto

Os jesuítas na cidade do Porto – a nossa cidade acolheu no séc. XVI os filhos espirituais de Santo Inácio de Loyola, tendo-lhes sido permitido que a Companhia de Jesus criasse um majestoso colégio e igreja, junto da Sé Catedral e da Rua das Aldas.

Estamos a falar da igreja de São Lourenço e do edifício anexo que hoje são a Igreja de São Lourenço (dos Grilos), o Museu de Arte Sacra e Arqueologia e o Seminário Maior de Nossa Senhora da Conceição.

A igreja de São Lourenço, de traça barroca- jesuítica é imponente e a sua construção contou com a oposição das autoridades portuenses pois iria quebrar a secular lei que impedia que os nobres pernoitassem mais de duas noites no Porto ou residissem na cidade. Havendo o colégio, certamente os filhos dos nobres viriam estudar para essa casa.

Passado o impasse, o colégio contou com inúmeras doações e grandes benfeitores como D. Luís de Távora, Bailio do Mosteiro de Leça, que repousa na referida igreja.

Acerca deste pormenor, aquando do processo dos Távoras e sua perseguição pelo marquês de Pombal, o seu nome foi tapado com gesso, para que o túmulo não fosse destruído. Peculiar é também saber que a única pedra de armas da família Távora que sobreviveu ao pombalismo e não foi destruída está na fachada da igreja de São Lourenço.

A igreja de São Lourenço e o Colégio dos Jesuítas recebeu a visita de São Francisco de Borja, primeiro sucessor de Santo Inácio de Loyola, e uma rua do Porto regista o facto. Existe a rua São Francisco de Borja bem perto do Colégio que liga as escadas do Barredo à rua dos Mercadores.

Ainda neste colégio estudou e viveu antes de partir para a Índia, São João de Brito. No seminário maior do Porto, o seu quarto e respetivas varanda leva o seu nome.

Pela História conhecemos as vicissitudes que a Companhia passou nos séculos XVIII com a perseguição e consequentemente extinção.

No Porto, a sua igreja e colégio passaram para os Agostinhos Descalços (padres grilos) e depois para a diocese do Porto.

No séc. XX os jesuítas conseguiram reestabelecer a sua missão na invicta cidade, tendo a seu cargo a igreja de Nossa Senhora de Fátima, perto da Ramada Alta, o CREU, centro de reflexão universitário, e o Centro São Cirilo de ajuda aos refugiados e sem abrigo.

A memória de Santo Inácio de Loyola

A 31 de julho, ocorre a memória de Santo Inácio de Loiola, presbítero, que, natural do País Basco, na Espanha, viveu na corte e no exército, até que, gravemente ferido, se converteu a Deus; fez os seus estudos teológicos em Paris e associou a si os primeiros companheiros, com os quais mais tarde constituiu a Companhia de Jesus em Roma, onde exerceu um frutuoso ministério, quer pelas obras que escreveu quer na formação dos discípulos, para maior glória de Deus.

A Companhia de Jesus, os jesuítas, foram determinantes na Contra Reforma Católica após o Concílio de Trento, espalhando pelo ensino, pregação e missões a doutrina católica.

Criaram uma excelente rede de colégios, espalhados pela cristandade, seja no velho como no novo mundo.

Também a Invicta Cidade do Porto acolheu no séc. XVI os filhos espirituais de Santo Inácio de Loyola. Foi permitido que a Companhia de Jesus criasse um majestoso colégio e igreja, junto da Sé Catedral e da Rua das Aldas.

Estamos a falar da igreja de São Lourenço e do edifício anexo que hoje são a Igreja de São Lourenço (dos Grilos), o Museu de Arte Sacra e Arqueologia e o Seminário Maior de Nossa Senhora da Conceição.

A igreja de São Lourenço, de traça barroca- jesuítica é imponente e a sua construção contou com a oposição das autoridades portuenses pois iria quebrar a secular lei que impedia que os nobres pernoitassem mais de duas noites no Porto ou residissem na cidade. Havendo o colégio, certamente os filhos dos nobres viriam estudar para essa casa.

Passado o impasse, o colégio contou com inúmeras doações e grandes benfeitores como D. Luís de Távora, Bailio do Mosteiro de Leça, que repousa na referida igreja.

Acerca deste pormenor, aquando do processo dos Távoras e sua perseguição pelo marquês de Pombal, o seu nome foi tapado com gesso, para que o túmulo não fosse destruído. Peculiar é também saber que a única pedra de armas da família Távora que sobreviveu ao pombalismo e não foi destruída está na fachada da igreja de São Lourenço.

A igreja de São Lourenço e o Colégio dos Jesuítas recebeu a visita de São Francisco de Borja, primeiro sucessor de Santo Inácio de Loyola, e uma rua do Porto regista o facto. Existe a rua São Francisco de Borja bem perto do Colégio que liga as escadas do Barredo à rua dos Mercadores.

Ainda neste colégio estudou e viveu antes de partir para a Índia, São João de Brito. No seminário maior do Porto, o seu quarto e respetivas varanda leva o seu nome.

Pela História conhecemos as vicissitudes que a Companhia passou nos séculos XVIII com a perseguição e consequentemente extinção.

No Porto, a sua igreja e colégio passaram para os Agostinhos Descalços (padres grilos) e depois para a diocese do Porto.

No séc. XX os jesuítas conseguiram reestabelecer a sua missão na invicta cidade, tendo a seu cargo a igreja de Nossa Senhora de Fátima, perto da Ramada Alta, o CREU, centro de reflexão universitário, e o Centro São Cirilo de ajuda aos refugiados e sem abrigo.

Por Sérgio Carvalho

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