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Quarta-feira, Outubro 30, 2024

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O padroeiro perdido do Porto – São Pantaleão

O padroeiro perdido do Porto – São Pantaleão. Ao longo da sua história, a cidade do Porto teve três padroeiros: São Vicente, São Pantaleão e Nossa Senhora da Vandoma. Desde 1982 é Nossa Senhora da Vandoma que possui esse título, mas durante 500 anos o padroeiro do Porto foi São Pantaleão. O Porto sempre quis ter um santo mártir para ombrear com Lisboa (São Vicente) e Compostela (Santiago).

Diz a história que refugiados Arménios transportaram as suas relíquias e quando chegaram a Miragaia (em 1453, quando Constantinopla foi conquistada pelos Otomanos e se tornou Istambul) foram depositá-las na Igreja de S. Pedro de Miragaia. Foi nesta freguesia ribeirinha que a comunidade arménia se instalou, havendo ainda hoje a rua da Arménia e outras ali próximas com nomes derivados das línguas orientais.

Continuando pela história, as relíquias foram guardadas num cofre de prata, oferecido pelo Rei D. Manuel I, cumprindo a promessa de D. João II. Estas relíquias foram trasladadas para a Sé do Porto em 1499 por ordem do Bispo D. Diogo de Sousa, ficando sepultadas na capela do Altar Mor. No séc. XIX, no período conturbado das invasões francesas e das Lutas Liberais, as relíquias desapareceram. Mas o seu culto manteve-se.

Na Sé Catedral do Porto, ainda existe uma imagem de São Pantaleão, junto do altar de prata do Santíssimo e no museu Soares dos Reis está a cabeça relicário do padroeiro. Diz-se que na igreja de Miragaia ainda há umas alfaias com relíquias.

Até ao séc XIX o seu culto foi pujante mas após o desaparecimento das relíquias foi decaindo havendo em meados do séc. XX uma tentativa de restauração do seu culto que não surtiu efeitos.

Com as normas emanadas do II concílio do Vaticano, não havendo relíquias e provas físicas da sua existência o seu culto foi remetido a segundo plano.

Diz-se que há alguns anos, em obras realizadas no altar mor da Sé do Porto a sua arca relicário foi reencontrada sob o altar.

São Pantaleão nasceu em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia. A 27 de julho a Invicta Cidade deve celebrar, segundo o diretório litúrgico a sua memória facultativa.

Pantaleão ou Pantalaimão, mártir, é venerado no Oriente por ter exercitado a profissão de medicina sem receber recompensa alguma pelo seu trabalho. Foi um médico que teve apenas 23 anos de vida, convertido ao cristianismo e por causa disso, foi torturado e decapitado em 303 em Nicomédia, na Ásia Menor.

Diz a história que refugiados Arménios transportaram as suas relíquias e quando chegaram a Miragaia (em 1453, quando Constantinopla foi conquistada pelos Otomanos e se tornou Istambul) foram depositá-las na Igreja de S. Pedro de Miragaia. Foi nesta freguesia ribeirinha que a comunidade arménia se instalou, havendo ainda hoje a rua da Arménia e outras ali próximas com nomes derivados das línguas orientais.

Continuando pela história, as relíquias foram guardadas num cofre de prata, oferecido pelo Rei D. Manuel I, cumprindo a promessa de D. João II. Estas relíquias foram trasladadas para a Sé do Porto em 1499 por ordem do Bispo D. Diogo de Sousa, ficando sepultadas na capela do Altar Mor. No séc. XIX, no período conturbado das invasões francesas e das Lutas Liberais, as relíquias desapareceram. Mas o seu culto manteve-se.

Na Sé Catedral do Porto, ainda existe uma imagem de São Pantaleão, junto do altar de prata do Santíssimo e no museu Soares dos Reis está a cabeça relicário do padroeiro. Diz-se que na igreja de Miragaia ainda há umas alfaias com relíquias.

Até ao séc XIX o seu culto foi pujante mas após o desaparecimento das relíquias foi decaindo havendo em meados do séc. XX uma tentativa de restauração do seu culto que não surtiu efeitos.

Com as normas emanadas do II concílio do Vaticano, não havendo relíquias e provas físicas da sua existência o seu culto foi remetido a segundo plano.

Diz-se que há alguns anos, em obras realizadas no altar mor da Sé do Porto a sua arca relicário foi reencontrada sob o altar.

Por Sérgio Carvalho

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