Quarta-feira, Outubro 30, 2024

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O Castelo Medieval de Elvas

O Castelo Medieval de Elvas – A porta de entrada do Castelo Medieval Elvas, que está erguido na zona “lindeira”, no alto de um monte em posição dominante sobre a povoação, é por muitos estudiosos considerada uma obra de fortificação islâmica, que posteriormente foi reconstruída nos séculos XIII e XIV, tomando só no séc. XVI o aspecto actual.

Com base em vários estudos, os Godos e os Celtas terão sido os primeiros povoadores desta autêntica “cidade-fortaleza”, que hoje se estende para além das suas muralhas em forma de estrela.

Tendo sido em 714 conquistada e ocupada pelos Muçulmanos, e deram-lhe o nome “al-Bash”, deixando estes tantas marcas da sua presença que algumas ainda perduram até aos nossos dias.

Em particular o castelo e partes do pano de muralhas, poucos anos após a conquista cristã, é reforçada a defesa de Elvas, tanto as cercas islâmicas como o castelo são mantidos e melhorados, passando este último a servir de aposento do alcaide. Quanto às muralhas islâmicas, a segunda continuou a cercar e defender a cidade até ao séc. XIV, quando passou a ser chamada de “cerca velha” ou “cerca do meio”.

D. Afonso IV esteve em Elvas durante algum tempo e daria depois ordem para o início da construção da “cerca nova”, o terceiro pano de muralhas de Elvas.

Ficou chamada de muralha fernandina por ser concluída já no reinado de D. Fernando.

Esta muralha era constituída por 22 torres e 11 portas. Hoje em dia, só restam pequenos troços dela uma vez que ocupava praticamente o mesmo espaço que hoje ocupa a muralha seiscentista abaluartada e aquando da construção desta se destruiu/utilizou a primeira.

O reinado de D. Fernando (1367 a 1383) é marcado pelas Guerras Fernandinas e Elvas volta a estar na frente da batalha.

Por terra, as invasões castelhanas sucederam-se e Elvas com a nova muralha resiste heroicamente a um cerco de 25 dias. Foi o suficiente para conseguir manter Lisboa incólume até à chegada da ajuda inglesa de 48 embarcações e 3000 guerreiros comandados por Edmund de Cambridge.

Um dos momentos decisivos da guerra também se daria aqui. Os dois monarcas decidem avançar a caminho de Elvas e estabelecem-se junto ao Rio Caia.

João I de Castela apoiado pelas tropas francesas, vem com 5000 homens de armas, 1500 ginetes mais uns tantos besteiros e arqueiros.

Os portugueses, apoiados pelos mercenários ingleses, somavam 6000 homens de armas, 1000 dos quais arqueiros. Mas, apesar de algumas escaramuças, o combate não veio a acontecer.

O final resumiu-se no Tratado de Paz de Elvas.

Às portas de Espanha, distando apenas 8 km (em linha recta) da cidade de Badajoz, Elvas foi a mais importante praça-forte da fronteira portuguesa, uma das cidades mais fortificadas da Europa, tendo sido por isso cognominada “Rainha da Fronteira”.

Informação obtida no website do Município de Elvas e no website Castelos de Portugal

Como chegar ao Castelo de Elvas:

(38°52’59.70″N 07° 9’48.13″W) Costa de Vila Fria – Elvas – Portalegre – Alentejo – Portugal

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Autor foto ©Daniel Jorge https://www.facebook.com/fotos.djtc

O Tratado de Paz de Elvas

O Tratado de Elvas foi um acordo de paz assinado em 9 de agosto de 1382, durante o reinado de D. Fernando I de Portugal, que pôs fim à terceira guerra fernandina entre Portugal e Castela12Este tratado foi mediado pelo antipapa Clemente VII, que enviou uma embaixada liderada por Pedro de Luna (mais tarde antipapa Bento XIII) para encontrar uma solução para o conflito1.

As principais cláusulas do tratado incluíam a devolução dos homens e navios aprisionados, bem como das localidades de Almeida e Miranda, que haviam sido tomadas pelos castelhanos2. Além disso, estava previsto o casamento da Infanta D. Beatriz com o Infante D. Fernando, filho do rei D. João I de Castela, embora este casamento não tenha se concretizado, pois D. Beatriz acabou por casar com o próprio rei D. João I de Castela2.

Este tratado foi significativo para estabilizar as relações entre Portugal e Castela naquela época, marcando o fim de um período de conflitos intensos1.

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