O defensor de Chaves, Dom Afonso I, tem uma estátua na cidade, frente ao edifício da Câmara Municipal, ladeado pela Misericórdia, estando de frente para a igreja matriz, ali na Praça Camões.
Lembra este monumento que o defensor de Chaves, era conde de Barcelos e duque de Bragança. Viveu no Palácio dos Duques de Bragança, hoje museu da cidade.
Esta estátua parte de um pedestal de granito de base quadrada, com uma placa da qual se ergue a escultura feita em bronze, com traje de guerreiro e tendo na mão esquerda uma espada. Foi feita no ano de 1970.
Ver a estátua do Defensor de Chaves
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O defensor de Chaves, Afonso de Portugal, depois Afonso I de Bragança (Veiros, Estremoz, 10 de agosto de 1377[1][2] – Chaves, 15 de dezembro de 1461) foi o 8.º conde de Barcelos, 2.º conde de Neiva e o 1.º Duque de Bragança.[3]
Supõe-se que Dom Afonso tenha nascido em Veiros, no Alentejo.[3]
Filho ilegítimo de João I de Avis com sua amante Inês Pires (judia),[4] filha de Pêro Esteves, que após o relacionamento desta com o Mestre de Avis, com vergonha, prometeu nunca mais cortar a barba e ficou conhecido como o “Barbadão”[5].
Filho de relação clandestina
Da relação clandestina, mantida entre o futuro rei D. João I, então mestre de Avis, e Inês Peres, a qual fora levada por ele para o Convento de Santos, nasce D. Afonso, por volta de 1377, sendo certo que há autores que apontam para 1380.[3] Afonso I só foi perfilhado pelo rei em 1401, já com cerca de 20 anos de idade.[3]
Nesse mesmo ano de 1401, o defensor de Chaves, D. Afonso casa-se com D.ª Beatriz, filha do condestável D. Nuno Álvares Pereira, obtendo por essa via o título de Conde de Barcelos.[3]
Guerreiro no tomada de Ceuta
Entretanto em 1415, o defensor de Chaves participou na tomada de Ceuta, como capitão da galé real, tendo sido armado cavaleiro, juntamente com os irmãos D. Duarte, D. Pedro e D. Henrique.[3][1] Na armada de Ceuta foi encarregado dos aprestos nas províncias de Estremadura e Entre Douro e Minho e capitão da capitania real.
Depois da morte do pai e já durante o reinado do irmão, D. Duarte I, apesar das excelentes relações que com ele mantinha, é em vão que se vai opôr contra a expedição a Tânger, que acaba por se concretizar na mesma, volvendo-se em tragédia.[3]
Morto D. Duarte I e durante as regências da sua viúva Leonor de Aragão e de Pedro, irmão do falecido rei, não foram boas as relações entre Afonso e Pedro, chegando quase ao campo de batalha em Mesão Frio, nas margens do rio Douro, luta que foi evitada por Afonso, Conde de Ourém, filho de Afonso.
Em 30 de dezembro de 1442, Afonso foi feito Duque de Bragança.[3]
O senhorio e o ducado de Bragança solicitou-os ao irmão, então regente, D. Pedro, por ocasião de breve reconciliação entre ambos, tendo aquele lhos concedido ainda no ano de 1442.[3]