As múltiplas sondagens já conhecidas, a um mês das eleições, admitem que pela primeira vez haja três partidos com resultados próximos dos 20% cada um. Quer isto dizer que o eleitorado português, pela primeira vez inclui na percentagem dos 60% de eleitores mais um partido.
Os valores de 60 a 70 % nas eleições que acontecerem depois do 25 de Abril constituíam a percentagem de segurança do regime, que se materializava no chamado “bloco central” – o entendimento tácito entre PS e PSD, entretanto quebrado pelo PS de António Costa em 2015, com a chamada geringonça.
A confirmarem-se os resultados dos chamados “três vintes”, a política portuguesa passará a perceber melhor que a decisão dos PS em 2015 foi uma grave machadada na democracia portuguesa.
As consequências serão inevitáveis nos socialistas que poderão ter de enfrentar uma ruptura ente “moderados” e “radicais” para resolver apenas os problemas agora visíveis da decisão puramente oportunista de António Costa chegar ao poder, em eleições vencidas pelo PSD, e, também vingar e garantir o silêncio de António José Seguro no território republicano de esquerda.
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