CIDADELHE – Espigueiros na localidade de Cidadelhe junto a Estrada Nacional 304-1/ M530 que liga o Lindoso ao Soajo. Núcleo de espigueiros dos séculos XVIII e XIX. Este conjunto é marcado pelas suas características arquitectónicas e pelo seu harmonioso enquadramento paisagístico.
São utilizados para a secagem e armazenamento de milho grosso. Dista cerca de 200 metros da via mais próxima, sendo o acesso final efectuado a pé. Inteiramente de pedra, cada exemplar apoia-se em vários pilares curtos, assentes na rocha e encimados por mós ou mesas. Sobre eles, repousa o espigueiro que tem uma cobertura de duas lajes de granito unidas num ângulo obtuso.
Cidadelhe situada numa encosta sobranceira ao rio Lima, apresenta um núcleo habitacional, mais antigo, relativamente concentrado, com dispersão das construções mais recentes.
Na envolvente do lugar, dispõem-se pequenas parcelas agricultadas, em socalco, onde predominam os vinhedos e a oliveira. A origem desta povoação perde-se no tempo, acreditando-se ter aqui existido uma povoação Castreja. A escassos metros da aldeia, no local designado “Cidade”, situa-se a Citânia de Cidadelhe, lugar onde os arqueológicos situam a cidade romana de Bretalvão ou Flávia Lambria.
Dependendo da zona geográfica os espigueiros são também chamados de canastros, caniços ou hôrreos (Espanha)
Os Espigueiros têm a função de secar o milho grosso através das fissuras laterais, e ao mesmo tempo impedir a destruição do mesmo por roedores através da elevação deste. Como o milho requer que seja colhido no Outono, este precisa de estar o mais arejado possível para secar numa estação tão adversa como o Inverno.
No território de Portugal Continental, encontram-se principalmente a Norte, em particular nas regiões do Minho, Beira Litoral, Beira Interior e Oeste de Trás-os-Montes.
Na Galiza, em Espanha, existem espigueiros idênticos aos que existem em Portugal. Também há estruturas semelhantes nas regiões espanholas de Navarra, Astúrias, Cantábria e na província de León, onde recebem o nome de hórreo.
Também existem construções muito semelhantes na Escandinávia, em especial na Noruega, onde são chamados stabbur e na Suécia, chamados härbre.
Como chegar a Cidadelhe
(41°51’38.14″N 8°14’32.89″W), Cidadelhe – Ponte da Barca – Viana do Castelo – Parque Nacional da Peneda-Gerês – Portugal
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Espigueiros do Soajo
Num cenário natural único e deslumbrante do Parque Nacional da Peneda-Gerês, abriga-se a aldeia do Soajo, uma das aldeias de Portugal com um património, beleza paisagística e tradições que é obrigatório descobrir.
Passear pelo Soajo é impossível não reparar, nas enormes fragas de granito, situadas quase no centro da vila, a antiga Eira comunitária e onde sobressaem os 24 espigueiros de granito, que são uma das maiores atracções turísticas desta área.
Da Eira Comunitária do Soajo alem dos seus 24 espigueiros, temos uma fabulosa vista para a serra e montes verdes.
Os espigueiros têm várias idades, sendo um dos mais antigos datado de 1782.
Desde 1983 este conjunto de espigueiros do Soajo está classificado como Imóvel de Interesse Público pelo IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico).
Os espigueiros eram (e ainda são!) utilizados para secar e armazenar o milho, normalmente são construídos em sítios estrategicamente mais altos para que os animais não comam o sustento das populações.
Para afastar os roedores, que conseguiam trepar, instalaram de forma astuta umas rodas também de pedra nas colunas que sustentam o espigueiro em si.
As paredes dos espigueiros têm pequenos rasgos para o ar circular entre as espigas, que vão ficando empilhadas no interior e, no cimo, têm uma pequena cruz que mostra a devoção das populações e o pedido de protecção divina para os seus cultivos.
No território de Portugal Continental, encontram-se principalmente a Norte, em particular nas regiões do Minho, Beira Litoral, Beira Interior e Oeste de Trás-os-Montes.
Na Galiza, em Espanha, existem espigueiros idênticos aos que existem em Portugal. Também há estruturas semelhantes nas regiões espanholas de Navarra, Astúrias, Cantábria e na província de León, onde recebem o nome de hórreo.
Também existem construções muito semelhantes na Escandinávia, em especial na Noruega, onde são chamados stabbur e na Suécia, chamados härbre.
“Eu não acredito em caridade. Eu acredito em solidariedade. Caridade é tão vertical: vai de cima para baixo. Solidariedade é horizontal: respeita a outra pessoa e aprende com o outro. A maioria de nós tem muito o que aprender com as outras pessoas.“ — Eduardo Galeano
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Espigueiros de Cidadelhe