Fernando Albino Sousa Chalana é um dos nomes históricos do futebol
português. Nascido no Barreiro a 10 de fevereiro de 1959, começou a dar os primeiros
toques na bola no Barreirense e, aos 15 anos ingressou no Benfica, sendo aqui que
começa uma história bonita para contar.
No Benfica fez o seu caminho e, com 17 anos e 25 dias estreou-se na equipa
sénior, na altura o jogador mais jovem de sempre a jogar pelas “Águias”. Depois desse
dia, começou um trajeto de 9 épocas a vestir de vermelho até se transferir para França,
para o Bordeaux, onde teve a sua única experiência fora do país. Em França, por culpa
de Astérix e Obélix, ganhou a alcunha de "Chalanix" mas, não conseguiu mostrar todo o
seu valor em terras francesas. Regressou ao Benfica, para mais 3 épocas de “águia ao
peito” e, por fim terminou a carreira com uma época no Belenenses e outra no Estrela
da Amadora.
No total da sua carreira, o “pequenino genial”, como é conhecido, participou em
378 jogos com 52 golos marcados. No Benfica, foram 311 jogos e 48 golos marcados e,
pelo nosso país foram 27 jogos e 2 golos marcados.
Depois de finalizar a sua carreira na época 1991/1992 esteve afastado do futebol.
A época 2002/2003 regressou por chamada do seu Benfica, para ser treinador interino,
onde acabou por ficar só 1 jogo. Na época seguinte, teve a sua única experiência como
treinador fora do Benfica, no Oriental onde fez praticamente uma época. Voltou a fazer
uma paragem no desporto e, regressou ao Benfica como adjunto da equipa sénior na
época 2005/2006. Como treinador adjunto manteve-se até à época 2008/2009, sendo
que neste período também foi treinador interino. No final da época 2008/2009 decidiu
rumar aos “miúdos”, às equipas de formação das “Águias”, primeiro nos juniores (Sub-
19) e, depois nos juvenis (Sub-17). Na formação do Benfica esteve 8 épocas e em 2018
retirou-se do futebol.
Chalana, como treinador como jogador foi uma figura do Benfica e do futebol
português. Infelizmente, não vivi no tempo em que Chalana jogava, só o pude ver
através dos arquivos que existem e, mesmo assim dá para perceber o porquê de se falar
tanto do “pequenino genial”. Com 63 anos partiu mas, a sua história ninguém a poderá apagar.
Por David Carvalho
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O lado negro do génio
Partiu um homem com génio.