A cerca de 3 km de Bragança, fica a localidade de Castro de Avelãs onde encontramos o que resta do seu mosteiro beneditino. Foi uma instituição abastada que desempenhou um papel fundamental no povoamento da região e na assistência a peregrinos a caminho de Santiago de Compostela, desde o séc. XII até finais do séc. XVI.
Em 1543, foi extinto por Bula Papal de Paulo III que determinou a sua anexação à diocese de Miranda do Douro com a respectiva transferência de frades e bens. A mudança iniciou o seu abandono.
O conjunto é extremamente original pois conservou da origem românica apenas a cabeceira, revelando a ambição monumental do projecto e o processo de construção medieval em que era a primeira parte a ser erigida, depois de se ter medido todo o perímetro. Era assim possível praticar o culto antes do final das obras.
A cabeceira é composta por três capelas redondas, de grande qualidade arquitectónica, marcada pelo trabalho em tijolo e pela decoração de arcadas cegas, exemplo único no nosso país.
Todas estas características são o resultado de um grupo estilístico românico muito importante em terras leonesas, a que se vem chamando de “Românico Mudejar”, precisamente pelas reminiscências islâmicas ao nível da decoração geométrica e do emprego do tijolo como matéria-prima.
No séc. XVIII, um corpo rectangular prolongou a ábside, a sacristia foi anexada ao absidíolo esquerdo e o direito ficou aberto ao exterior.
No interior, no absidíolo direito, existe o túmulo de D. Nuno Martins de Chacim, mandado executar cerca de 1262 e decorado unicamente com motivos heráldicos e um epitáfio inacabado.
À pouco tempo, estas dependência sofreram um grande trabalho de recuperação/restauro.
Como chegar a Castro de Avelãs
(41°47’55.53″N 06°48’17.62″W) Castro de Avelãs – Bragança – Portugal